sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ovariectomia suficiente para esterilização?


A esterilização de gatas e cadelas é um procedimento comum nos centros veterinários, através da extração dos ovários e do útero. Mas será mesmo necessário retirar o útero? Segundo um estudo da Tufts University (EUA), não há motivo para o eliminar.


Os investigadores do departamento de ciências clínicas da Tufts University elaboraram um estudo em que compararam a eficácia da ovariectomia e da ovariohisterectomia como métodos de esterilização em gatas e cadelas. A esterilização é um procedimento cirúrgico comum nestes animais de companhia, habitualmente efetuados para controlar a sua população, prevenção de certas doenças do foro reprodutivo ou simplesmente para evitar comportamentos reprodutivos.

Os autores do estudo concluíram que não há nenhuma evidência científica que indique que é melhor extrair os ovários e o útero em vez de apenas retirar os ovários. Pelo contrário, os investigadores afirmam que “extrair apenas os ovários supõe reduzir o tamanho da incisão, reduzindo a aparição de possíveis complicações pós-operatórias derivadas da manipulação do útero”.

A ovariectomia está a ganhar força na Europa e com o desenvolvimento das técnicas de cirurgia minimamente invasivas, “a ovariectomia laparoscópica oferece muitas vantagens”, acrescentam.


(Fonte: Veterinaria Actual - Notícias)

Treinadores


Positivo ou não, eis a questão
Por todo o mundo da cinófilia e treino canino positivo e reforço positivo tornaram-se duas palavras populares e muito procuradas.
Já sabemos que o reforço positivo é a técnica mais procurada pelos donos de cães, simplesmente porque se alguém consegue educar e treinar o seu cão de forma divertida e cooperante não existe justificação para procurar outras formas mais invasivas. Muitas pessoas fogem de métodos aversivos que incluem medo e dor para treinar os seus companheiros.
A crescente variedade de técnicas de treino que se baseiam no reforço positivo, a facilidade na aplicação dessas mesmas técnicas, os resultados rápidos e duradouros, fazem deste método o preferencial e mais procurado.
Como tal e infelizmente o chamariz do treino positivo é usado por muitos treinadores para atrair clientes. Para além de uma falta de ética profissional inexplicável usar o chamariz do treino positivo para atrair clientes e depois aplicar métodos aversivos, muitas pessoas ficam depois com uma ideia totalmente errada acerca do que são técnicas baseadas no reforço positivo.

A Emily Larlham recentemente cunhou o termo treinador de reforço http://www.dogmantics.com/Manifesto_Translations/Portuguese.html progressivo ela diz no mesmo:
“Este tipo de treino não-violento já teve muitos nomes: “treino de clicker”, “treino positivo”, “treino com reforço positivo” e “treino com recompensas” entre outros.

Os termos acima mencionados foram usados de forma tão displicente nos últimos anos que perderam o seu significado original. Como é que isto aconteceu? Treinadores que usam métodos compulsivos podem incorporar um clicker no seu treino (um marcador de comportamento) e auto nomearem-se “treinadores de clicker”. Treinadores que usam métodos dolorosos ou intimidativos podem incluir comida ou brinquedos como recompensas no treino e referirem-se como “Treinadores com recompensas” ou “Treinadores de reforço positivo”. É possível hoje em dia, que um membro do público procure a ajuda de um treinador que se diz “Positivo”, apenas para descobrir que este usa regularmente violência física com animais.”
Conheça o positivo
O que determina se um treinador é versado em técnicas de reforço positivo não é o facto de você entrar numa aula e ver comida, clicker ou bolas. Muitos treinadores usam comida, bolas, festinhas, carinhos e palavras da moda como positivo, reforço ou clicker para se identificarem como treinadores positivos, mas o que distingue o treinador versado em técnicas baseadas no reforço positivo do treinador que usa a palavra positivo para se vender está nas entrelinhas.
Vou enumerar algumas das coisas que um treinador versado em técnicas de reforço positivo NUNCA faz:

Nunca usa ou aconselha usar estranguladoras, coleiras de bicos ou coleiras de choque
Nunca manuseia fisicamente o cão (empurra o rabo para o chão para ensinar o senta, ou puxa da coleira para ensinar o deita, por exemplo)
Nunca empurra, “dá toques” com os pés, “chama a atenção” com as mãos, dá palmadas, grita ou berra
Não culpa o cão (seja pelo que for) por ex: “O cão é dominante, burro, teimoso, da raça x, distraido, energético, etc..”
Nunca se recusa treinar cães de determinadas raças, tamanhos, pesos ou proveniências. Por exe: “Só treinamos cães acima do joelho”, “Só treinamos cães de x raça”, “Não treinamos Pit Bulls ou Beagles porque são impossíveis de treinar”, “Sò treinamos cães a sério(??)”
Não usa, promove ou aplica a teoria da dominância esta usualmente é usada apenas como justificação para uso de técnicas aversivas
Nunca usa as palavras, dominante, dominância, alpha, rollovers.
Sabe que uma coleira de citronella (coleira anti latido) é aversiva e nunca usa ou recomenda o seu uso
Nunca arranja desculpas para que as pessoas usem punições. O trabalho do treinador positivo é precisamente educar as pessoas no sentido de obterem os resultados usando técnicas baseadas em reforço positivo e não arranjar desculpas para que as pessoas possam usar punições
Negam ao cão o acesso a outros cães ou pessoas. Os treinadores positivos entendem a importância de ter um cão bem sociabilizado e valorizam isso. Saber a diferença entre um cão treinado para efectuar um comportamento específico (como morder sob comando) e um cão que é agressivo com pessoas é essencial.
Nunca promete curar o cão. O treinador positivo entende que modificação comportamental é um processo complexo que admite muitas fases e que depende de muitas variantes. Um psicólogo nunca diz ao paciente que o vai curar tanto quanto um treinador lhe pode garantir a cura para os problemas de agressão do seu cão.
Treinadores positivos entre outras coisas usualmente:

Oferecem técnicas que todos na família possa aplicar, desde ao homem, à criança ao idoso
Adaptam as técnicas de treino às necessidades da família e aos interesses de todos aqueles que lidam com o cão
Sabem responder adequadamente a todas as questões colocadas de forma coerente, lógica e simples numa linguagem que todos possam entender.
Distinguem as suas áreas de competência e direccionam os clientes para outras escolas ou treinadores quando o que lhes pedem não é a sua especialidade
Treinam fora do local da escola. Um bom treinador positivo percebe a importância do que chamamos de generalização isto é, da necessidade de ensinar ao cão os exercícios que aprendme na escola em cenários da vida real.
Ensinam os donos a usar todo o tipo de recompensas, como ir á rua, acesso a outros cães, brincar, cheirar um arbusto, etc.
Explica aos clientes que o comportamento é fluente e obedece a mudanças que advêm das diversas variantes que influenciam o comportamento. O treinador positivo NUNCA perde tempo a culpar os donos, ao invés oferece soluções alternativas.
Comida NÃO É sinónimo de treino Positivo

Uma vez uma pessoa disse-me que o treino positivo não resultava. Eu questionei se a pessoa já alguma vez tinha aplicado técnicas de reforço positivo com os cães dela, a resposta foi “sim claro, eu treinei um pouco de agility e o treinador ensinou-me a correr com a salsicha na mão e o cão vinha atrás”.

Se perguntarmos a alguém o que é reforço positivo, obtemos respostas que variam de: “treinar com comida”, “dar ao cão alguma coisa que ele gosta”, “petiscos” ou “clicker”. No entanto, nenhuma destas palavras descreve o reforço positivo.

Uma das formas mais comuns de vender o título de positivo é aliar o treino à comida precisamente porque existe a ideia errada de que comida é reforço positivo. A comida é um reforço primário que pode nas circunstâncias correctas ser usada para reforçar comportamentos.

Muitos treinadores anunciados como positivos ensinam os donos a segurar no pedaço de comida na mão enquanto o cão a segue. Fazer um cão seguir a comida não é igual a usar reforço positivo. Um bom treinador positivo dir-lhe-á que deve tirar a comida da mão o quanto antes e ensina-o a obter os comportamentos sem ter comida na mão. Se você nas aulas vê as pessoas a fazerem tudo com comida na mão à vista do cão então não está a assistir a reforço positivo.

É muito fácil colocar um pedaço de salsicha e fazer o cão segui-la (uma técnica chamada Luring). Através do Luring conseguimos fazer com que o cão demonstre os comportamentos que queremos recompensar sem termos que os manusear fisicamente. No entanto um treinador competente, após ter obtido e reforçado o comportamento algumas vezes imediatamente introduz o comando gestual e elimina o engodo da comida.
Nas minhas aulas as pessoas são ensinadas a usar Luring para obter o comportamento desejado e na mesma aula é-lhes dito que devem obrigatoriamente tirar a comida da mão.

Só sei que nada sei

Muitos treinadores usam comida e bolas para ensinar cães a sentar e a deitar mas no momento em que o dono lhe coloca uma questão comportamental revertem imediatamente para métodos aversivos.
O ditado já diz “o uso de agressão começa onde acaba o conhecimento”.

Um treinador versado no ensino de “comandos” de obediência ou num outro desporto como agility por exemplo não é necessariamente um especialista em comportamento e vice versa. É importante que o cliente entenda que um bom treinador de agility pode não ser um bom treinador de mondioring, da mesma forma que um bom treinador de mondioring pode não ser a pessoa indicada para ajudá-lo a resolver o problema de agressão do seu cão.

Muitas vezes enviei pessoas para colegas espalhados por todo o país quando considerei que aquilo que procuravam estava fora das minhas competências. Eu reconheço que a minha área de interesse reside no ensino de obediência básica, freestyle e resolução de problemas de comportamento. Quando me me perguntam acerca de treino de cães de guarda, protecção, agility ou busca e salvamento, por exemplo, envio para outras escolas ou treinadores, visto estas não serem as minhas área de competência.

Infelizmente são poucos os treinadores que têm este tipo de pensamento. Uma treinadora muito conceituada em Portugal escreveu no fórum da Its All About Dogs

“...ser treinador é treinar cães sejam quais forem os problemas, e não manda-los para outro sitio quando não conseguimos ou quando as nossas tecnicas e ideais não se aplicam a esse cão, porque em nada vão resolver o problema.”

Este tipo de afirmação denigre a profissão de treinador. Quando “não conseguimos ou quando as nossas técnicas e ideiais não se aplicam ao cão” a nossa obrigação como profissionais é precisamente indicar outros colegas e não fazer como esta senhora defende que é “não mandar para outro sítio”.

A mentalidade de que enviar um cliente a outro colega é declarar incompetência leva a que os treinadores quando não sabem o que fazer inventem ou experimentem.

É duma arrogância extrema pensar-se que se sabe tudo acerca de tudo.

Tentar resolver um problema comportamental quando se percebe pouco ou nada de comportamento canino é não só irresponsável como perigoso. O uso de técnicas aversivas na modificação comportamental leva à supressão temporária de sinais comunicativos e a médio prazo ao piorar do comportamento.

Usualmente são os donos e os cães que pagam caro esta arrogância.

A Matilde foi uma cadela que chegou às minhas mãos pela mão dos seus donos desesperados. A agressão dela que começou por ser uma rosnar aleatório aos donos em determinadas ocasiões tinha escalado duma forma astronómica para morder (de forma grave) e rosnar aos donos e a todos os estranhos que entravam ou saiam de casa e/ou tentavam tocar nela. O treinador anterior, contaram-me, tinha-lhes explicado que o problema dela era dominância. Por entre alpha rollovers, rosnar à cadela, atirá-la ao chão e outras “delícias” mais, o comportamento dela não só melhorava como piorava. No final daquela viagem de pesadelo a culpa foi atirada para os donos que eram tidos como “incapazes de se imporem à cadela”. Á minha frente estava uma cadela e os seus donos destroçados.

Esta história é mais comum do que podem imaginar e o problema reside precisamente na incapacidade de admitir onde estão as nossas competências e onde reside o nosso conhecimento.

Aos clientes eu aconselho a que procurem muito bem antes de pagarem a alguém para “curar” o cão. Informem-se junto de vários treinadores. Ouça as suas opiniões, pergunte, questione. Se o treinador fizer algo que você não consegue, sabe ou faria, não prossiga. Você está a pagar a essa pessoa tem todo o direito de ser exigente.

Problema de agressão

Se o seu cão tem um problema de agressão o treinador positivo e versado em técnicas de modificação comportamental baseadas no reforço positivo falará de termos como:
Dessensibilização
Contra condicionamento
BAT
LAT
Ensino de comportamentos alternativos
Reforço de comportamentos incompatíveis
Reforço positivo
Não praticar os comportamentos problemáticos
Preparar o cão para ser bem sucedido e poder ser reforçado (se o cão rosna às motas o treinador não sugere levá-lo para perto duma mota e depois puni-lo por reagir)
O que um treinador positivo nunca sugere:
Flooding – por exemplo se o cão tem medo de pessoas, leva-lo para locais com muitas pessoas. Consiste em submeter o cão ao estímulo que o assusta sem lhe dar hipótese de escapea até que ele pare de reagir (entra em estado de desamparo aprendido ou learned helplessness)
Dominar o cão
Suprimir sinais comunicativos – se o cão ladra é punido. Se a punição for suficientemente forte faz com que o cão pare de ladrar mas não vai à raíz do problema (o cão ladra por medo? Ansiedade? Frustração?)
Punições ou formas de intimidar o cão

Escolha de cada um!

Cada um deve em consciência escolher a que treinador recorrer e quais as capacidades que valoriza.
Algumas pessoas querem um treinador com muitos títulos e medalhas. Outros procuram treinadores com formação comprovada. Outros procuram treinadores que sejam conhecidos e referidos por pessoas de confiança. Outros procuram treinadores que sejam bons a um determinado desporto por exemplo. Também conheço pessoas que procuram treinadores que ofereçam resultados independentemente de como os obtêm.

Algumas pessoas não se preocupam em aprender a treinar o seu cão e apenas querem o cão treinado. Cada um tem a sua exigência.

Essa escolha é de cada um, no entanto, se você procura um treinador versado nas técnicas de reforço positivo está no seu direito de não ser enganado e iludido e está no seu direito de certificar-se que o treinador realmente é positivo e não só aparenta ser.

Para tal peça para ver as aulas, fale com outros alunos, observe a linguagem dos cães. Decida o que é importante para si e acima de tudo se achar que afinal não gosta do treinador ou da técnica seja ela qual for, então mude, não se sinta forçado a permanecer com um determinado treinador seja porque motivo for. Peça opiniões de outras pessoas, converse e fale. Acima de tudo decida em consciência.

Em Portugal existem excelentes treinadores experientes e capazes em muitas áreas e é muito importante treinar o seu cão não só porque é uma forma de estimular a mente do mesmo, como exercita-lo fisicamente e aprender a comunicar eficazmente com o seu cão.

O cão é seu, lembre-se que o treino é algo que se faz COM o cão e nunca algo que se faz AO cão!


por It's All About Dogs escola positiva de treino e comportamento canino a Quinta-feira, 8 de Dezembro de 2011 às 17:58

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Dare dog




Este vídeo mostra que é possível reabilitar um cão agressivo (neste caso o desencadeante da agressividade por medo eram os homens)... É preciso muita paciência e tempo, mas é possível!

Porque é que é comum ensinar os cães a caminharem do lado esquerdo? Ou o junto é ensinado do lado esquerdo?

Existem muitos motivos alegados para o facto de ensinarmos o exercício de junto, vamos falar um pouco desses: Em tempos antigos quando os homens ainda andavam de espada nas baínhas, era necessário montar os cavalos pelo lado esquerdo por motivos de segurança. As espadas eram geralmente carregadas do lado esquerdo. Quando acompanhados de cães estes seguiam do lado esquerdo, porque ao retirar a espada da baínha o cavaleiro iria usar a espada com a mão direita. Segurar a trela com a mão esquerda liberta a mão direita (aquela que tem mais força) para outras tarefas, e assim era desde tempos antigos. Na caça aplica-se o mesmo tipo de conceito. A arma usualmente carregada na mão direita, pede que o cão permaneça no lado esquerdo para que não se torne um obstáculo nem que seja perigoso. Muitos treinadores preferem usar o lado esquerdo para poderem usar a mão direito para sinalizar os comportamentos ao cão. Hoje em dia os donos praticam e ensinam o junto em qualquer dos lados. O que os donos devem fazer é decidir que lado lhes é mais conveniente. Não existe nenhuma regra que dita obrigatoriamente terá que ser do lado esquerdo, tem apenas que ser do lado que o dono decidir ser-lhe mais útil.
(fonte: It's All About Dogs escola positiva de treino e comportamento canino - facebook)

A stitch in time...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cães Agem de Acordo Com a Linguagem Corporal dos Donos

Uma equipa de investigadores da Universidade da Flórida em Gainsville, do qual faz parte a professora de Psicologia Monique Udell, tem-se dedicado nos últimos anos a tentar perceber a relação entre os cães em geral e os seus donos, não só do ponto de vista da socialização dos animais e dos humanos, mas também no que diz respeito ao que de bom os cães trazem à vida dos donos e de como os cães percebem a linguagem, não só oral, mas também corporal dos donos. (
Alguns dos resultados vão de encontro a outros já conhecidos, como a capacidade dos cães em aumentar a auto-estima dos seus donos, diminuem a sua ansiedade e mesmo a agressividade no dia-a-dia. Por outro lado, este estudo realça a grande capacidade de domesticação dos cães, mesmo quando são acolhidos após terem vivido nas ruas, a sua adaptabilidade a qualquer tipo de circunstancias e a grande capacidade de resolverem problemas que lhes são colocados, parecendo perceber quem necessita da sua ajuda, como por exemplo crianças, ou pessoas com algum tipo de fragilidade. O que o estudo aponta é uma capacidade inata dos cães em perceber um conjunto de estímulos, ou a sua ausência, na linguagem corporal dos humanos, o que lhes permite por experiências anteriores conhecer o estado físico e psicológico do dono, ou da pessoa que está na sua presença, e agir de acordo com esse conhecimento adquirido, daí muitos donos dizerem que ao seu cão só falta falar, ou mesmo que o seu cão parece ler a sua mente. Esse conhecimento ajuda, por outro lado, os cães a agir quando recebem uma ordem verbal, tornando a relação entre cães e humanos muito fácil. Pela primeira vez, um estudo deste tipo incluiu mais do que apenas os animais de companhia, e foram também observados cães pastores e lobos. Aparentemente, esta capacidade é inata a todos os três grupos estudados, embora os animais domésticos tenham demonstrado uma maior capacidade de entender os estímulos dos humanos, o que não será de estranhar já que acumularam uma experiência maior, no contacto com os seus donos. O estudo demonstrou que, de facto, pela sua experiencia, os cães ficam tanto em sintonia com os seus donos que quase se podía dizer que lêem a sua mente. Em alguns casos, foram mesmo detectadas melhorias em pessoas com problemas nervosos, já que desde que adoptaram um cão diminuiram a quantidade de medicamentos diária, uma vez que os cães percebem as dificuldades dos donos e parecem agir no sentido de minorar a sua ansiedade. Essa capacidade de interagir com os donos vai aumentando sempre ao longo do tempo, pelo que quanto mais tempo passa, mais a relação se estreita, e melhor o animal percebe os estímulos que vai recebendo, reagindo a estes mais rapidamente. notícia retirada de: http://animais.clix.pt/noticias.php?nid=1728)

Leve o seu cão a passear...

Não substituir um Treinador por um DVD!!

domingo, 13 de novembro de 2011

Cachorro novo em casa

Usualmente os veterinários desaconselham os novos donos a levar o novo membro da família à rua antes de ter o protocolo vacinal em dia. Esta facto é um verdadeiro absurdo, pois seria como fechar uma criança até aos 12 ou mais anos em casa...
É extremamente importante levá-lo a conhecer novos lugares, habituá-lo a andar de carro, deixá-lo conhecer o maior número de cães possíveis, levá-lo a conhecer outras espécies animais (gatos, coelhos, cavalos, etc), e levá-lo a conhecer o maior número de pessoas diferentes (crianças, bebés, idosos, homens com barbas, etc). Este facto é extremamente importante para que o cão cresça equilibrado.

Idade do cão em comparação com o Homem

Linguagem Corporal Canina

Os cães não comunicam apenas com ladrido (ladrar), grunhir (rosnar) ou latir (ganir). A linguagem corporal é extremamente importante para "decifrarmos" o que nos querem transmitir!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dogs 101 Soft coated wheaten terrier

Como se fazem as patas higiénicas



Nem todos os cães deixam tosquiar as patas desta maneira...

Tosquia do Soft Coated Weathen Terrier

Tem um pêlo sedoso, fino e ligeiramente ondulado, mas em nenhum caso leve como no Caniche ou Bobtail.
O pêlo recém-lavado e tratado com acondicionadores não deve apresentar electricidade estática. O seu aspecto natural deve prevalecer; qualquer sinal visível de corte é resultado de um mau trabalho de grooming. Quando se considerar que o trimming esteja terminado, deve-se pulverizar o pêlo com uma solução de água e creme de lanolina, para devolver as suaves ondas típicas do Weathen Terrier.
(versão irlandesa e inglesa; imagem de cima: exemplar sem qualquer tipo de tosquia; imagem de baixo: único trimming permitido na Irlanda e Grã-Bretanha)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tosquia do Sealyham Terrier

O grooming que se realiza nesta raça é semelhante ao Scottie. O seu pêlo branco, a sua textura áspera e com entre-pêlo denso isolante faz do Sealyham um cão onde os cuidados com o pêlo deverão ser constantes e meticulosos, sobretudo se vive numa grande cidade, devido à sujidade (pois possuem pêlo branco). A muda começa a partir do 9º mês, a partir daí, torna a morrer de 6 a 7 semanas. As fêmeas normalmente tendem a perder quase todo o pêlo depois do parto (e também depois de uma pseudogestação), demorando a voltar a crescer, mas renasce com mais força e esplendor.
Se vive na cidade e necessita de banhos frequentes, um tratamento a seco com carbonato de cálcio por exemplo, ajuda a evitar banhos excessivos. Pode-se também utilizar alguma laca não oleosa, para manter o pêlo aderido ao corpo. Existem também disponíveis champôs secos para pêlos duros. Os olhos também requerem cuidados especiais, por estarem recobertos de uma espessa franja que os irrita e retêm sujidade. As unhas tem tendência a serem bastante grandes para o seu tamanho, pelo que é necessário cortá-las muitas vezes (mensalmente).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

União Zoófila

760 50 10 15 - Ligue-nos! 1 Chamada = 1 Dose de Ração A União Zoófila, em parceria com a Screenteam, tem agora uma linha de valor acrescentado para onde pode ligar para contribuir imediatamente para nos apoiar financeiramente. A chamada tem um valor de 0.60 € + IVA. Abaixo estão os panfletos que agradecemos que divulgue, seja colocando em blogs, seja enviando por e-mail, seja imprimindo e colando em locais públicos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cães de Pêlo Comprido

São cães cujo pêlo cria nós muito facilmente, principalmente se for muito fino, e deve-se dar especial atenção à escovagem e ao banho. Deste modo, a escovagem deve ser feita em todo o pêlo, penteando camada por camada, desde a raiz, com uma escova, um pente, uma cardadeira ou mesmo com um corta-nós (podem-se utilizar todos estes utensílios).
No banho deve-se dar especial atenção aos nós, por isso não se deve esfregar o pêlo, mas sim colocar o champô (apropriado para pêlos compridos, com óleo de vison, por exemplo), na mão e espalhá-lo na direcção do crescimento do mesmo. Depois de colocar o champô e o retirar com água, aplica-se amaciador. Na secagem utiliza-se uma toalha absorvente, novamente sem esfregar, para evitar a formação de nós; seca-se à mão (fluffy-dry), escovando sempre na direcção do pêlo. Após esta etapa, deve-se escovar novamente todo o pêlo.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tosquia do Pequinois

Possui pêlo longo, liso, suave ao tacto e com um sub-pêlo muito denso e lanoso que lhe dá volume. Se o que se pretende é manter todo o seu sub-pêlo, o banho deve ser apenas dado uma vez por ano depois da muda principal.
Durante a escovagem deve-se utilizar pó de talco para lavar a seco. É fundamental ter atenção às unhas pois crescem muito depressa. Deve-se limpar e cuidar dos olhos com frequência.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tosquia do Fox Terrier (Wire Fox Terrier)

O pêlo é denso, com textura muito áspera, de diferentes comprimentos, tem um sub-pêlo mais suave e curto, aderente que o protege do frio. O pêlo na mandíbula é crespo de comprimento suficiente para dar uma aparência de força no focinho. O pêlo das patas é denso e duro. O pêlo dos Terriers não cai por si só, deve ser arrancado, uma das razões porque o stripping é tão importante para estas raças. O pêlo do Fox é, pela sua constituição o chamado pêlo de stripping; uma tosquia com máquina não elimina o pêlo morto, consequentemente acaba provocando comichões e irritações e problemas de pele.
Para manter o pêlo que está a ser submetido a stripping, tem que se trabalhar a escovagem 5 a 6 semanas depois do stripping e repetir cada semana ou cada duas semanas, para manter um pêlo limpo, brilhante, duro e sem pêlos mortos. Mas a escovagem (carding) não é suficiente para manter as linhas geométricas e harmoniosas do Fox, já que eliminar o excesso de sub-pêlo (controlando o seu desenvolvimento), impulsa o crescimento do pêlo de cobertura. Para evitar quebrar as linhas, realiza-se o flatwork (zonas curtas), rebaixando o pêlo com navalhas de stripping e tesouras (principalmente de desbaste).
Quando o pêlo já é mais velho deve-se submetê-lo a stripping cada 4 ou 6 meses. Deve-se utilizar carbonato de cálcio em pó para melhorar a aderência do pêlo à navalha. Aconselha-se a pentear regularmente os bigodes para a frente e arrancar (plucking: arrancar com os dedos) os pêlos longos que sobressaem.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Instalações do Cão das Botas

Aqui estão algumas fotos das instalações:
Banheira de inox, com porta para uma entrada mais fácil para cães grandes;
Mesa de tosquias, com o expulsor/secador apropriado para animais;
Visão geral das instalações.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cães Nórdicos

Deve-se escovar o pêlo com uma escova de dentes fortes, por todo o pêlo, indo desde a raiz até ao final do pêlo. No banho, o champô não deve ter bálsamo. Deve-se secar à mão enquanto se escova, para levantar o pêlo (fluffy-dry), o que leva bastante tempo, pois possuem um pêlo muito denso. No final de secar, pode-se polvilhar com carbonato de cálcio, por exemplo, nas raças com pêlo branco, para realçar a cor.
Normalmente não são submetidos a tosquia, apenas se realiza uma aparadela com tesoura; pois a tosquia, para além de não ser aconselhável porque muda a sua textura, é um processo moroso.

Tosquia do Bobtail (Old English Sheepdog)

Possui pêlo abundante, com textura áspera; o sub-pêlo deve ser impermeável quando não estiver tosquiado. Quando chega a muda de pêlo, este tende a formar a 2 ou 3 cm da raiz nós, pelo que se deve chegar à pele quando se escova. Há zonas do corpo em que se formam nós com maior facilidade: na base das orelhas, interior dos membros anteriores, pés, cotovelos, pescoço, raiz da cauda, ventre, etc; são zonas por onde se passa por alto no cuidado quotidiano, mais uma razão para se escovar desde a raiz. Deve-se escovar primeiro com uma cardadeira e depois passar com um pente, para verificar se todos os nós foram removidos.
O pescoço e a barba devem-se limpar depois de cada alimentação a fim de evitar que os resíduos de alimento, retidos pelo pêlo, fermentem e provoquem mau odor, manchas acastanhadas, para além dos nós, cujo caso, um tratamento descolorante ajudaria. Os olhos também precisam de um cuidado especial 2 vezes por semana, pois irritam-se com facilidade devido aos pêlos. (Um penacho não ficava mal de vez em quando…) A zona da cauda tem muitas pregas de pele, sendo um local propício a eczemas e dermatites. O pó de ácido bórico (com poder absorvente), ajudará a manter a pele seca e limpa nestas zonas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cães de Pêlo Curto


Embora tenham um pêlo curto, também precisam de uma escovagem periódica. Não precisam de ser submetidos a tosquia. Devem ser escovados ou com uma escova, uma cardadeira ou uma luva de borracha para retirar os pêlos mortos.


No banho o champô deve ser específico (por exemplo, o Dog Argentino, como tem pelagem branca, pode-se dar banho com um champô para pêlos curtos e também com um champô para pêlos brancos, de maneira a realçar a brancura do pêlo). Pode-se aplicar um acondicionador para dar brilho ao pêlo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tosquia do Lhasa Apso


O pêlo é comprido, grosso, pesado e liso, com sub-pêlo. Ao tacto deve dar a impressão de ser caprino. Até aos seis meses só será necessária a higiene normal, dando banho com um champô neutro de mês a mês. A partir daí, depois do banho, deve-se aplicar um bálsamo cremoso.


No caso do pêlo se encontrar seco pode ajudar a ficar sedoso juntando ao bálsamo uma colher de óleo de vison ou jojoba (ou mesmo óleo de amêndoas doces), deixando no pêlo para que este recupere a sua elasticidade e brilho.
O top-knot (pêlo apanhado na cabeça) ajuda-o a ver melhor e evita irritações nos olhos.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Obediência Social

Não existe uma idade certa para os cães aprenderem a conviverem em harmonia com as pessoas e outros animais, existem sim, animais com uma capacidade de aprendizagem superior a outros, depende da genética do cão, e também dos estímulos externos (ambiente) a que está submetido. Todos os cães deveriam ser adestrados em Obediência Social: aprender a andar ao lado, a sentar, a deitar, a ficar e a vir à chamada do dono.


O adestramento deverá ser um jogo para o cão, não o obrigando a fazer as coisas quando o dono e o adestrador quer, mas sim quando ele quer, sendo por isso recompensado (com brinquedo, comida, festas...) e se não o faz, castigá-lo, não com violência, mas sim não lhe dar recompensa ou virar-lhe simplesmente as costas. Os cão não gostam de ser ignorados... Apenas se obriga o cão a realizar os exercícios se ele não se interessar nem por brinquedos, comida, etc; por exemplo, queremos que um cão se sente, mas o cão não se sente motivado pelas recompensas, então carregamos na garupa do cão, dando a ordem "senta" ao mesmo tempo.


A duração do adestramento varia muito de cão para cão, depende de variados factores (temperamento, carácter, motivação...). Nas primeiras vezes que um cão é submetido ao adestramento, recompensa-se sempre uma acção correcta, à medida que o adestramento vai decorrendo, e que o animal já conhece o exercício, deve-se reduzir a recompensa, para ele não saber quando é que a recompensa vai surgir (expectativa e surpresa).


Ordem dos exercícios:
- 1º - motivação, associando o clicker à recompensa;
- 2º - sentar;
- 3º - deitar;
- 4º - deitar e ficar;
- 5º - chamada.


Até agora, com a minha "cobaia" (a Yucca, cruzamento entre buldog francês com cão sem raça definida), o mais difícil tem sido o exercício de andar ao lado, mas com o motivador certo, aquele que ela mais gosta (é sem dúvida a comida!) já se posiciona correctamente. Todos os dias, ou dia sim dia não, durante no máximo 10 minutos, faço o exercício até ela o consolidar, para quando ela o fizer bem, poder levá-la para outros espaços, com mais estímulos externos (pessoas, cães, carros, etc), e só quando ela realizar o exercício em diversas situações é que o exercício está consolidado. Isto aplica-se em todos os exercícios.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Cool Tools for Pet Grooming



Este vídeo mostra um corte apenas com tesoura (tesoura pequena curva, tesoura grande e tesoura de desbaste) numa cadela Lhasa Apso com Chow Chow. Fica natural, e para se realizar este tipo de corte o cão deverá estar sem nós, e para isso acontecer, deve ser escovado frequentemente. Infelizmente a maioria dos cães não se comportam tão bem como ela!

Boots, the cockapoo, gets scalped





Quando há pouco a fazer... utiliza-se uma lâmina curta... Este cão nunca tinha sido submetido a uma tosquia!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ferris Helps Dot Matrix Escape

Tosquia do Bichon Maltês


O pêlo é comprido, branco, denso, liso, pesado e sedoso. Para os banhos será necessário um champô diluído a 50% para pêlo branco e um bálsamo que não se pretende retirar todo na última passagem com água.


Para proteger o pêlo, deve-se colocar óleo de vison (ou óleo de amêndoas doces). Se o pêlo ficar sujo e deixar de estar branco, deve-se polvilhar com pó de talco, ou mesmo com fécula de batata, com uma massagem desde a raiz. Deve-se de seguida escovar para retirar a fécula que absorveu a sujidade, devolvendo ao pêlo a sua luminosidade original.