quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A importância do pêlo


A pele dos animais é coberta de pêlo, estando envolvidos em diversos processos:

Termorregulação: tanto a pele como o pêlo são essenciais para a conservação da temperatura do corpo, tanto no Inverno como no Verão; entre o pêlo e a pele existe uma camada de ar que os ajuda a proteger do calor. Mas para que essa barreira funcione correctamente é necessário que o pêlo esteja limpo e sem nós (o pêlo com nós e tufos de pêlos mortos impede a termorregulação normal da pele do animal), os cães e gatos não suam como as pessoas!


Barreira: o pêlo evita o contacto directo da pele com o exterior.

Comunicação: os animais comunicam através do pêlo (e não só).

Por todas estas funções é extremamente importante que os animais estejam em condições adequadas.

Um pêlo emaranhado e com nós pode causar dermatites (problemas de pele), pois não permite à pele respirar, aumenta a temperatura e a humidade da pele; favorecem a multiplicação de microorganismos causadores de infecções superficiais da pele.

(antes e depois de um cão abandonado no Brasil)

Os nós favorecem a acumulação de sujidade e permite a entrada de corpos estranhos na pele, podendo causar ferimentos graves. Além disso, causam desconforto ao animal, que se pode manifestar com prurido (muitos dos animais arrancam mesmo o pêlo, pois é com se tivesse a puxar constantemente a pele), podem também ter um efeito traumático, muitas vezes com feridas profundas, e pode levar ao aparecimento de peladas superficiais.



É essencial escovar o pêlo diariamente os cães e gatos de pêlo comprido, de maneira a evitar estes problemas. Mesmo que se recorra frequentemente a um profissional é aconselhável escovar o animal regularmente em casa. Quanto mais frequentemente o animal for escovado, mais fácil será o processo tanto para o dono como para ele, já que o aceita e é gratificante. Se a escova e/ou o pente forem deixados para as alturas em que já existem nós, a experiência pode tornar-se desagradável para ambos.

É importante que o pêlo esteja limpo, sem nós e bem arranjado; se não for possível, deve-se optar por um corte higiénico e deixar que o animal passe o calor do Verão da melhor maneira possível.

MITO: Rapar ajuda com o calor
Muitas pessoas acreditam que o cão sofre menos calor se cortar o pêlo, mas o cão sofre o mesmo calor se tiver o pêlo comprido. Pelo contrário, o pêlo ajuda a proteger a pele do sol, especialmente se é um cão que tem a pele sensível (pele e pêlos claros). O pêlo forma uma barreira que os isola termicamente do calor e do frio.


(fonte: por Dra. Carmen Lorente do Centro de Dermatología Veterinaria ADERVET em http://www.plucking.es)

sábado, 14 de janeiro de 2012

Champô e pH da Pele Canina

pH DE LA PIEL DE CANINOS SOMETIDOS A SHAMPOOS COSMÉTICOS


Briones, Flavio MV, Díaz, Carolina MV y Jarpa, Marcia MV
Facultad de Medicina Veterinaria, Ciencias Agrarias y Forestales
Universidad Iberoamericana de Ciencias y Tecnología


Introducción

Los casos dermatológicos en clínica de pequeños animales corresponde aproximadamente al 20 %
El papel del pH en la función de barrera de la piel ha sido un asunto de debate

El pH de la piel es resultado de una combinación de factores provenientes de
Células epidérmicas
Glándulas sebáceas apocrinas y
Glándulas ecrinas

Trabajos Previos:
I pH Normal (Briones y Omegna, 2004)
El promedio de los valores de pH de los caninos es de 6,16
Rango: 5.07 y 7.91
Valores de pH por grupos etareos (Briones y Omegna, 2004)



Trabajos Previos:
II pH Caninos con Dermatopatías (Briones y Córdova, 2006)
Variaciones significativas de pH en caninos alérgicos
Más alcalina que el pH de la piel de caninos normales



pH de la Piel de Caninos con Dermatopatías
(Briones y Córdova, 2005)



La mayoría de los shampoes tienen una base surfactante o detergente más aditivos:
Espesantes
Acondicionadores
Dispersantes de jabones cálcicos
Hidrolizados proteicos y
Perfumes


pH de Shampoes

pH de 14 shampoes para animales de compañía disponibles en el mercado nacional
Valores de pH entre 5 y 8
El 71.4 % se encuentra entre pH 7 y 8


pH en 14 shampoes para animales de compañía disponibles en el mercado nacional
(Briones y Omegna, 2004)




Objetivo General

Medir el pH en la piel de caninos antes y después de ser sometidos a baño con shampoo cosmético y verificar si existen cambios en el pH

Objetivos Especificos

Comprobar si existen cambios en la medición de pH, luego de ser bañados con shampoo de
pH ácido (pH 4)
pH similar al de la piel de los caninos (pH 6)
pH básico (pH 8)

Muestra

120 caninos, sin distinción de sexo, raza, y con una edad inferior o igual a 8 años
Sin tratamiento dermatológico o aplicación de antiparasitarios de uso externo durante el estudio
Obtenidos de distintas clínicas veterinarias que cuentan con servicio de peluquería


Diseño de estudio:

Divididos en tres grupos al azar, compuesto por 40 individuos cada uno
A cada grupo se le asignó uno de los 3 shampoes
Cada shampoo se diferenció solo en su pH (4, 6 y 8, respectivamente)


Preparación del shampoo:

Base compuesto por lauril sulfato (tensoactivo aniónico) y agua
3% de actividad detergente (materia prima con 75% de actividad)
pH fue 3,10
Este pH se modificó usando bicarbonato de sodio como buffer


Aplicación del shampoo:

Cantidad de shampoo:
Razas pequeñas 20 ml
Razas medianas 40 ml
Razas grandes 60 ml y
Gigantes 80 -100 ml
Se aplicó sobre el pelaje y piel seca del perro con una esponja



Mediciones:

Antes del baño (pH pre baño)
Después del baño (pH post baño)
Una semana después (pH una semana post baño)
Las mediciones se realizaron en 10 zonas diferentes



Distribución del pH en el grupo total de estudio:


Promedio de pH antes del baño de los 120 caninos:
6.18 con un rango de (5.89 – 6.44)


Resultados: Variaciones de pH de piel con shampoo pH 4

pH pre baño (6.21 ± 0.320) - pH posterior al baño (5.75 ± 0.372)
Diferencia estadísticamente significativa (p < 0.001) pH medido una semana posterior al baño (6.37 ± 0.079) - pH después del baño (5.75 ± 0.372) Diferencia estadísticamente significativa (p < 0.001) pH pre baño - pH medido una semana después Sin diferencias significativas Variaciones de pH de piel con shampoo pH 4



Resultados:
Variaciones de pH de piel con shampoo pH 6

pH pre baño (6.22 ± 0.062) - pH posterior al baño (5.98 ± 0.496)
Diferencia estadísticamente significativa (p < 0.001) pH medido una semana posterior al baño (6.23 ± 0.120) - pH después del baño (5.98 ± 0.496) Diferencia estadísticamente significativa (p < 0.001) pH pre baño - pH medido una semana después Sin diferencias significativas Variaciones de pH de piel con shampoo pH 6



Resultados:
Variaciones de pH de piel con shampoo pH 8

pH pre baño (6.10 ± 0.355) - pH posterior al baño (6.33 ± 0.293)
Diferencia estadísticamente significativa (p < 0.001) pH medido una semana posterior al baño (6.34 ± 0.682) - pH pre baño (6.10 ± 0.355) Diferencia estadísticamente significativa (p < 0.001) pH posterior al baño - pH medido una semana después Sin diferencias significativas



Variaciones de pH de piel con shampoo pH 8

pH posterior al baño:

No mostró diferencias significativas entre el grupo pH 4 (5.75 ± 0.372) - pH 6 (5.98 ± 0.496)
Diferencias significativas entre el grupo pH 4 (5.75 ± 0.372) - pH 8 (6.33 ± 0.293) (p < 0.001) Diferencias significativas entre el grupo pH 6 (5.98 ± 0.496) - pH 8 (6.33 ± 0.293) (p < 0.001) pH una semana posterior al baño: No hay diferencias estadisticamente significativas Resumen Resultados:



Conclusiones:

pH normal promedio 6.18 con un rango de 5.89 y 6.44
Los shampoes modifican el pH de la piel
Su efecto permanece una semana después del baño
Shampoes con pH alcalino dificultan los procesos para mantener y restaurar el pH normal
Shampoes de pH 4 o ligeramente inferior al pH normal de la piel serían factibles de aplicar. Se sugiere el uso de shampoes de pH 6


Continuación …

Uso de Shampoes pH 4 y pH 6 en caninos con dermatopatías
Uso de Shampoes pH 4 y pH 6 medicados (Aloe barbadensis Miller) en caninos con dermatopatías

(Fonte: http://www.iberovet.cl/index.php?option=com_content&view=article&id=105%3A-ph-de-la-piel-de-caninos-sometidos-a-shampoos-cosmeticos&catid=38%3Adermatologia&Itemid=176 )

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Mas resulta...

No treino e educação dos cães a obtenção de resultados é sempre o objectivo final. Focados neste objectivo único a maioria das pessoas ignora todas as outras variantes que integram a obtençaõ de resultados.
Quando me contactam, as pessoas usualmente sabem quais os objectivos que querem alcançar. “Quero que o meu cão páre de ladrar”. “Quero que ele salte menos”. “Quero que deixe de ser agressivo”. “Quero que ele sente quando peço”. “Gostava que viesse quando o chamo”....
O que muito raramente questionam é como podem atingir esses resultados.
O ser humano está tão focado na obtenção de resultados que se esquece totalmente de questionar a forma como estes são obtidos. Atingir objectivos sem olhar a meios, parece ser aceitável quando falamos de treino de cães mas esta realidade é perigosa e leva à morte e abandono de millhares de cães.

ATINGIR FINS SEM OLHAR A MEIOS
Quando se inicia uma discussão acerca de que métodos de treino usar para treinar um cão, a frase que mais ouço quando tento demonstrar a parvoíce que é usar aversivos para conseguir algo que se consegue com métodos e técnicas baseadas em reforço positivo é: “...mas resulta”.
As pessoas que usam choques eléctricos, estrangulam, batem, assustam, mauseiam ou intimidam os cães para conseguir deles “o que querem” esforçam-se imenso para demonstrar como os métodos usados resultam na obtenção dos comportamentos desejados.
Mas os resultados não são topico de discussão. Mesmo que através da compulsão conseguissemos que todos os cães se comportassem exactamente como queremos – algo que não é verdade – se podemos conseguir o mesmo SEM uso de compulsão, medo ou dor essa deve ser sempre a escolha.

RESULTA MESMO?

Uma vez uma cliente contava como o treinador anterior tinha conseguido que o seu cão fosse menos agressivo com outros cães. Desde morder a orelha ao cão, atirá-lo ao chão, berrar na cara dele, assustá-lo, estrangulá-lo até que urinasse de medo, o relato estava repleto de um sem fim de abusos “em nome do treino”. O focus da cliente no entanto manteve-se no facto de que “o cão dela quando estava com o treinador nunca mais atacou nenhum outro cão”. O objectivo havia sido “alcançado”, portanto de alguma forma, era aceitável fechar os olhos à quantidade de maus tratos que o cão teve que suportar.
Essa é sem dúvida o resultado mais visto no uso de métodos aversivos. A supressão de comportamento. O cão era agressivo com outros, mas através da aplicação de medo e dor, o cão aprendeu que na presença daquela pessoa teria que suprimir o seu comportamento para evitar essas punições. Assim que o treinador desaparecia de cena o comportamento voltava e aumentado, dada a frustração e stress sentido nas situações anteriores em que não pode exprimir o seu comportamento natural.
Ao treinador que intimidou de tal forma o cão até que ele suprimiu o seu comportamento, e fácil atribuir a continuação do comportamento do cão na sua ausência, à incapacidade dos donos. “Ele comigo já não é agressivo por isso o problema está em vocês”.

Apesar da cliente considerar que o treinador fez um bom trabalho e que o objectivo tinha sido alcançado – algo que tinha sido verdade só em parte, visto que a dona do cão continuava com o mesmo problema, parece que a maioria das pessoas se esquecem de questionar qual o custo de fechar os olhos à forma como obtemos os resultados.

Será que existem consequências ao uso de tais formas de lidar com o comportamento exibido? Para além de reagir com agressividade a outros cães, o cão dessa cliente tinha agora receio das reacções dos seres humanos que o rodeavam. A raíz do problema (o medo que o cão tinha de cães) piorou e agora tinha ainda mais receio da proximidade de outros cães, que passaram a significar agora uma oportunidade dele receber punições. O cão também passou a reagir com agressividade à aproximação de homens estranhos no parque.
Deve ser muito difícil para um cão viver num ambiente de medo, em que ele nunca parece perceber quais comportamentos desencadeiam as reacções aversivas no ambiente e nas pessoas que o rodeiam.
Devemos aos nossos cães preocuparmo-nos tanto com a forma como atingimos objectivos tanto quanto o devemos a nós próprios.


por It's All About Dogs escola positiva de treino e comportamento canino a Domingo, 8 de Janeiro de 2012 às 15:47